Nosso sistema rodoviário municipal é da década de 70 quando Colombo Salles construiu as SC400, com 3,6 km, que acessa o Balneário Daniela; a SC401 (Rod. José Carlos Daux), 19,63km, que acessa o norte da Ilha; a SC402, 5,2km, que acessa Balneário Jurere; SC403, 6,9km, que acessa Ingleses; SC404, que acessa a Lagoa da Conceição (Rod. Admar Gonzaga); SC405, que acessa o Sul da Ilha (Rod. Baldicero Filomeno), SC406, conhecida como rodovia Norte-Sul, liga Ingleses ao Campeche, contornando a Lagoa da Conceição.

Estas rodovias tem a função de interligar o centro da cidade com os 11 distritos componentes do mapa geopolítico da cidade. O sistema se compõe ainda das vias coletoras compostas por ruas e grandes avenidas que tem a função de harmonizar o tráfego de passagem com o tráfego dos bairros.

Surpreendentemente, Florianópolis, desde então adicionou poucos trechos (novos) ao sistema existente. A mais importante obra foi o túnel Maria Antonieta de Barros que viabilizou o acesso ao aeroporto. Pela sua conformação geográfica, o município implora novos tuneis e novas opções rodoviárias. O Rio de Janeiro que tem geografia acidentada, fez isso na década de 50.

Somos a capital do Estado, recepcionamos a Casa do Governador, mas, ao contrário de outros Estados somos tratados, franciscanamente, pelo Governo. Os últimos governos foram avaros com nossas rodovias e os nossos prefeitos e Câmaras de Vereadores condescendentes com isso.  Das 07 SCs citadas nenhuma delas mereceu investimentos. Como são rodovias dentro do município o Governo do Estado de comum acordo com a Prefeitura poderiam “desestadualizar” o sistema passando a jurisdição à Prefeitura. Entretanto, antes caberiam as melhorias necessárias compreendendo os alargamentos, acostamentos e a sinalização adequada. O último trecho da SC401, próxima de Canasvieira, dá uma ideia do que se deseja. Feitos os reparos o Governo do Estado poderia transferir para o município a sua administração e um período de carência para eventuais investimentos adicionais

Quem conhece ou observa nossas SCs pelo interior da Ilha há de reconhecer o perigo a que são expostos seus moradores e transeuntes. Não há acostamentos, não há calçadas, não há reentrâncias para ônibus, é uma tragédia anunciada. Conversas com moradores da Região Sul manifestaram enorme indignação com a Rod. Baldicero Filomeno. Nossos bairros dobrarão sua população em pouco mais de 15 anos. Se nada for feito, a cidade vai amargar não só tráfego intenso como chorar a morte de seus filhos.

A PMF omissa nesta área deveria oferecer uma ”política de calçadas ou acostamentos” para todas as SCs e cobrar do Governo do Estado os investimentos necessários. Enquanto se aguardam estas ações, rezemos para que não aconteça o pior.