FLORIPA TRANSPARENTE SECRETARIA DA CULTURA E A FFC
FUNDAÇÃO FRANKLIM CASCAES (FFC) RABAIXADA
CRIAÇÃO DA SECRETARIA DE CULTURA PROJETO INÚTIL
PREJUIZOS DE 12 MILHÕES NOS PRÓXIMOS 3 ANOS.
Fundada pela lei municipal 2647/87 a FFC, desde então tem se dedicado a promover as artes em todas as suas dimensões, propiciar condições adequadas a que o povo expresse seus cultos, costumes, crenças, valores, preservando a memória histórica, artística e cultural do município ainda que com parcos recursos.
Compete a FFC de acordo com os artigos 215 e 216 da CF, a política cultural da cidade, coordenar, organizar e promover a oferta múltipla e pluralista de bens e serviços culturais, abrindo possibilidades de inter-relação com os vários segmentos da sociedade nos seus 12 distritos.
Vale ressaltar que este gerenciamento do patrimônio cultural municipal compreende os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto.
A nova gestão municipal em vez de fortalecer a FFC, enfraqueceu-a, foi criada a Secretaria Municipal de Cultura. Segundo se anunciou cabe à Secretaria as atribuições de planejamento, organização, promoção, coordenação e avaliação das políticas municipais relativas à área cultural. Já a Fundação Franklin Cascaes passa a atuar na execução dos programas e projetos elaborados pela nova pasta à qual ficará subordinada.
De ressaltar que a FFC, nestes últimos 28 anos (2014), fez precisamente, planejamento e execução das políticas culturais do nosso município. Em recente entrevista o titular da pasta indagado sobre as novas funções saiu-se com esta – “Fazer um mapeamento cultural do município: quem somos, quantos somos, de que áreas somos. É um levantamento dos artistas, espaços culturais, comunidades. Um trabalho que tem começo, mas não tem fim. Vai exigir que se construa uma plataforma digital disponível para consulta pública. Em segundo, fazer um estudo de possibilidades de políticas públicas; pensar onde queremos estar culturalmente daqui a 20 anos. Para isso serão feitas consultas públicas, encontros setoriais etc.”. É inacreditável ler isso, será que a FFC depois desse tempo todo, não conta com estas informações? E qual a diferença em ser feito pela Fundação ou pela Secretaria?
A FFC conta com um orçamento/2014 de R$12.202.825,00 enquanto a Secretaria de R$3.421.601,00 revelando que a matriz conta com menos recursos do que a filial. É a gestão “jabuticaba” só acontece nestas paragens.
A transparência nos obriga a dizer que a Secretaria é absolutamente dispensável, é um cabideiro de empregos e drenará ao final da gestão 12 milhões de reais que seriam muito bem vindos se tivessem sido aplicados para fortalecer a FFC. Como não o foram serão “investidos” em penduricalhos e apadrinhados políticos.
O desvio de recursos públicos não se dá apenas via corrupção, ele pode assumir formas oblíquas, sutis, com aparência legal, usando formas ardilosas de usurpação do dinheiro do povo. A criação de órgãos desnecessários ou redundantes é uma forma utilizada nos 3 níveis de poder, inclusive no poder legislativo e judiciário. Infelizmente o Ministério Público Estadual (ou Federal) tem poucos conhecimentos sobre esta matéria por isso são poucas as iniciativas de averiguação nesta direção.
Em nosso município a estrutura orgânica está repleta destes equívocos, assim não há aumento de IPTU que resolva.