REVOLUÇÃO EM MARCHA – A GREVE DOS CAMINHONEIROS
Amigos e amigas de Floripa
O Brasil de tempos em tempos, 20 a 30 anos, sofre importantes alterações de rumos. Foi assim com a derrubada da República (1889), depois com o impedimento do eleito Júlio Prestes/SP por Getúlio Vargas e forças mineiras (1930) que seguiu até 1945, ele mesmo vítima de uma deposição. Em 1951 Getúlio voltou pelas urnas, mas não resistiu, durou 3 anos e 205 dias, vindo a se suicidar. Sucederam-se, Café Filho, Carlos Luz, Nereu Ramos, até que Juscelino fosse empossado. As eleições seguintes foram ganhas por Jânio que em seguida renunciou. O seu sucessor, João Goulart, foi rejeitado pelas FFA, tinha tendências socialistas que desagradavam os militares. Foi preciso uma composição política que retirasse poderes do Presidente sendo então implantado o Parlamentarismo.
Vale lembrar um evento importante para o desencadeamento do movimento de 1964. A emenda que criou o parlamentarismo (1961) previa um plebiscito para o final do governo Goulart, em 1965. Como o Parlamentarismo se mostrou tumultuado, em menos de 2 anos, tivemos 3 primeiros ministros – Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima – em 1963, antecipando à constituição, os políticos propuseram um plebiscito para saber se povo queria a volta do presidencialismo. Era uma afronta aos militares. O povo optou pelo regime presidencial e Jango recuperou todos os seus poderes. Era previsível o desfecho de uma crise.
Na madrugada de 31 de março de 1964 o general Mourão Filho de Minas Gerais botou suas tropas na rua e desceu para tomar o Rio de Janeiro. Estava deflagrado o Movimento Militar de 1964 que durou até 1989, quando Collor foi eleito presidente. Desde então o Brasil sofreu altos e baixos, Collor e Dilma foram “impeachados”, os socialistas que haviam sido expulsos em 1964 voltaram com suas políticas econômicas inadequadas para o País, o Brasil foi à lona, estamos próximos do precipício e a greve dos caminhoneiros é um desses sintomas que rejeitam a queda, querem se salvar antes do vendaval.
De fato os políticos brasileiros não souberam dar um padrão moral e ético ao País, um rumo econômico, se preocuparam em roubar a nação, fazer conchavos espúrios, se apropriar dos orçamentos.
Criaram várias pragas que só uma “revolução” será capaz de desfazer: o gigantismo do Estado, o Cipoal Tributário, o Corporativismo desbragado, o Populismo desvairado (com suas diversas bolsas inclusive a bolsa ditadura), Estatismo cabideiro de empregos, nacionalismo injustificado, leis trabalhistas que só conferem direitos e nenhuma obrigação, entre outras. A própria Constituição é uma afronta ao bom senso, legisla sobre tudo, acaba criando enormes dificuldades e insegurança jurídica.
O Brasil precisa de um choque de liberal capitalismo que a atual classe política não é capaz de oferecer. Nestas circunstâncias há milhões de brasileiros apelando para as FFA que façam uma intervenção dentro do que prevê a Constituição Federal, “façam uma limpeza” dos maus políticos e juízes e finalmente, retornem à normalidade democrática. ´
O Brasil não pratica democracia – está mais próximo de um convescote entre grupos econômicos que desejam saquear o País e o povo já percebeu estas iniquidades.