PREDADORES PÚBLICOS
Amigos e amigas de Floripa
Entramos em 2016 sob certeza de que muitos predadores dos recursos públicos continuam livres da mão forte da Justiça. É tempo, todavia, de renovar as expectativas. O nosso “xerifão” Sérgio Moro continua atento e a população vê nele as esperanças de um Brasil melhor, um Brasil menos afeito ao roubo do dinheiro, com probabilidade de um circulo virtuoso de mais prisões e menos bandidos soltos.
No mundo animal os gafanhotos são insetos devoradores comem tudo o que encontram pelo caminho, são inimigos das formigas, trabalhadoras e organizadas.
O gafanhoto político tem lá suas preferências e é faminto igual o seu homônimo no reino animal.
Há gafanhotos dentro das organizações municipais, estaduais e federais, adoram estar próximo do “cofre”. Desenvolveram técnicas especiais de saquear o dinheiro público. Por exemplo, os “aditivos contratuais”. No momento do contrato o valor do objeto contratado se apresenta competitivo, depois os aditivos se encarregam de acrescentar os milhões necessários, frequentemente, superfaturados.
Não há nada de altruístico junto dos gafanhotos. Sabe-se que atacam em muitas frentes, inclusive em área inimagináveis há algum tempo – a saúde. Nossos hospitais estão uma lástima não por falta de recursos e sim por abuso da corrupção. Recentemente, no Recife o dinheiro caia do céu, é que o japonês da Federal subia os andares para prender, vejam vocês, o Presidente da Hemobrás, Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. No apto. do ladrão, havia muito dinheiro embrulhado em sacos para armazenar pão. Com medo atirou os pacotes pela janela. Não respeitam nem mais o sangue dos pacientes.
Mas há um tipo especial de “roubo do dinheiro público”, legalizado, a população nem se apercebe – são os mensalões incrustados nos organogramas das Entidades públicas. Toda vez que é criado um cargo público sem necessidade ou adicionada uma Secretaria ou Ministério estamos diante de mensalões institucionalizados. Garantidamente, 30 a 40% desses órgãos seriam dispensáveis.
Os gafanhotos, todavia, sempre encontram razões para a sua implantação. Este tipo de desvio não é encontrado em países anglo-saxões.