
OPINIÕES FALSIFICADAS
Amigos e amigas de Floripa
“A nossa burrice está nos impedindo de ver a oportunidade que o Brasil tem de sair da crise na qual ele se encontra. Ao contrário, estamos escolhendo duas NÃO opções, de um lado a esquerda jurássica/Haddad e, de outro lado, a extrema direita reacionária/Bolsonaro”. Quem escreveu algo parecido foi um dos bons articulistas da Revista Exame, Joel Pinheiro da Fonseca.
Fonseca ou por má fé ou ignorância disse uma tremenda bobagem, não entendeu o que se passa no Brasil desde 2013 quando o povo foi às ruas protestar contra as estruturas políticas vigentes.
Nossos intelectuais tem a infeliz capacidade de reduzir tudo ao simplório. Ninguém sabe ao certo o que significa “esquerda jurássica” ou “estrema direita reacionária”. São conceitos ultrapassados, carcomidos pelo tempo e que sempre estiveram muito em uso por segmentos despreparados da mídia brasileira.
Nenhum pesquisador sério sairia a campo para pesquisar direita, esquerda, centro, ou os seus extremos porque a ciência sociológica não consagra estes conceitos, inexistem nos livros da ciência política.
Como é mais complicado fazer afirmações sobre liberalismo e socialismo, exige mais estudos, conhecimentos, informações muitos preferem usar palavras que nada significam.
É o que fez Fonseca. Simplificou algo complexo cometendo um atentado “literário” inominável.
O que está em jogo são duas doutrinas – liberalismo X socialismo – que o conjunto da população percebeu e os intelectuais por força do hábito do cachimbo lhes deixou a boca torta, não. Os postulados liberais foram colocados em cheque. O próprio direito à vida já não é mais respeitado, os direitos individuais e coletivos tem um viés de proteção aos “amigos do rei” (MST e centenas de ONGs picaretas que vivem das tetas públicas), inseriram na CF o verbete de “interesse social da propriedade”, o mercado já não é mais livre, o empresário virou um predador, os produtores rurais, inimigos do Brasil.
O Brasil nestes últimos 15 anos foi submetido, ainda que indiretamente, à doutrina socialista com enorme aparelhamento do Estado. As corporações de funcionários se assenhoraram de volumosa fatia do orçamento público nos três níveis do Poder. Os políticos socialistas coadjuvados pelos liberais de fancaria, passaram a dar musculatura ao Estado criaram dezenas de ministérios, Secretarias, milhares de assessores, empresas públicas, todas ocupadas pela “nomenclatura” cujas despesas foram transferidas para o lombo do contribuinte brasileiro, especialmente, as empresas. Uma parte dos empresários, juntou-se ao Governo e juntos construíram o maior conluio público-privado que se tem notícia. Uns roubaram abertamente a nação outros pela via das desonerações tributárias enriqueceram às custas do sofrimento de nossos idosos e crianças fora da escola.
O povo tem duas opções – e não é esquerda ou direita – é retomar os valores liberais de nação (1789) ou marchar para o abismo com os princípios do socialismo (1917). Está a grande decisão e o povo, acertadamente, enxergou antes dos intelectuais de botequins, o que deveria fazer.