IMPOSTÔMETRO E IMPOSTORES

A Associação Comercial de São Paulo mandou construir alguns anos atrás o impostômetro, relógio que mede a carga de tributos que pagamos aos governos municipais, estaduais e federal. É um espanto o que foi arrecadado no País em 2012 – R$1.5 trilhão (tente escrever em números e verá a dificuldade). A União entra com 1 trilhão, Santa Catarina com 16 bilhões e Florianópolis, 1,15 bilhão, uma ninharia. Visto pela pirâmide tributária a União manipula mais de 70% dos recursos arrecadados no Brasil.
De se perguntar o que fazem nossos senadores e deputados que aceitam uma afronta dessas? Afinal não existe “Republica” sem Estados e Municípios, também não existem senadores e deputados federais sem municípios. Que ódio é esse que se origina em Brasília contra os Estados e municípios brasileiros? Que Poder sedutor é esse que encanta nossos parlamentares arrebatam suas ideias locais e turvam seus olhos contra tamanhos equívocos? Jesus expulsou os fariseus do templo, cabe aos nossos parlamentares se munirem de chibatas e fazerem o mesmo com os hipócritas que teimam achar que ainda estamos nos tempos coloniais. Parece que a monarquia não acabou o paço imperial continua no Planalto Central, precisamos de um novo Deodoro para nos libertar das amarras tributárias gerenciadas pelos barnabés de Brasília. Tiradentes lutou e se insurgiu por muito menos, “o quinto” ou 20% das riquezas geradas enquanto hoje pagamos mais de 40% do PIB de impostos.
Grita aos ouvidos a necessidade de uma Reforma Tributária e deve-se a pusilanimidade do Congresso ela ainda não ter sido feita. Precisamos resgatar os ideais da constituição de 1988 que pregava uma distribuição de 50% para a União, 25% para os Estados e 25% para os municípios. É simples, já esta na Constituição.
De ressaltar que os serviços oferecidos pelo Estado e pelo município são exemplarmente mais generosos do que o Federal. A Prefeitura com poucos recursos realiza muito enquanto a União com toda a dinheirama que tem, oferece serviços de terceiro mundo. Assim fica difícil.