
Gigantismo do Estado de Santa Catarina
Amigos e amigas de Floripa
Uma das maldições impostas ao povo brasileiro é o gigantismo do Estado. A maioria das pessoas conecta esta afirmação com Brasília, com o tamanho da União.
Todavia é preciso descer à planície, examinar o que acontece com o Estado de SC cuja estrutura administrativa é um titã de dimensões avantajadas cujo crescimento das despesas, nas duas últimas décadas foi extraordinário.
Luiz Henrique adicionou 36 “micro secretarias” que as denominou de Secretarias Regionais, recentemente, foram amputadas para 20, mudaram o nome para Agências Regionais. De qualquer forma torram por ano 500 milhões por ano.
O Estado de SC tem um orçamento de 26,4 bilhões e destes investe 1,24 bilhões, pouco mais de 4% de tudo que arrecada.
Ora, como se constrói um Estado ou País? Justamente com investimentos em novas infraestruturas. Mas como nossos políticos desejam gastar em “despesas correntes” sobram poucos recursos para investir. Resulta desta iniquidade que sequer damos uma atenção razoável à manutenção de nossos equipamentos públicos como as duas pontes, nossas estradas, escolas e hospitais.
Há neste comportamento “financeiro/administrativo” perverso outras nulidades. Por exemplo há a Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina S/A que não constrói casas há anos e, no entanto, foi contemplada com 12 milhões no orçamento. A ALESC tem um orçamento de 549 milhões dos quais 307 milhões são gastos em pessoal. O TCSC gasta 242 milhões para fiscalizar as contas, deve ser a auditoria mais cara do mundo. Da mesma forma há excessos no TJSC com 2,02 bilhões e no MPSC com 674 milhões. Não há receita tributária que dê conta num mundo tão desigual, tão inepto, tão esbanjador.
Muitos acreditam que estas despesas são necessárias, mas quando comparadas com outros países resulta em diferenças fantásticas, só possível em ambientes “monárquicos”, coloniais, onde poucos extraem de muitos, vantagens inadmissíveis. Vale lembrar que foram estas arbitrariedades que fizeram a Revolução Francesa. Um dia o povo cansou de pagar a conta, derrubou a Bastilha, guilhotinou o rei, e implantou um novo modelo de governo – a república.
Por aqui há sinais de exasperação do povo. Quando souber como os impostos são aplicados, talvez tenhamos um “revolução francesa à brasileira”.