Reforma Das Universidade Agenda de Direita ou Esquerda

As Universidades públicas estão uma lástima. Cursos de ciências exatas, medica, engenharia, tem suas vagas paralisadas. Estamos andando para trás. Há greves frequentes. Levantamento do próprio Ministério da Educação informa que nos últimos anos as universidades ficaram paradas quase 1000 dias. Uma organização que fica parada 84 dias (UFSC) e nada acontece, mostra que seu modelo, sua utilidade, acabou.
O Governo Federal e os Estaduais gastam bilhões para manter as suas Universidades. Nelas estudam, em sua grande maioria, os filhos das classes mais abastadas que se locupletam com estacionamentos gratuitos, restaurantes quase de graça e em algumas unidades contam até com serviços de hotelaria. Trata-se da mais odiosa discriminação perpetrada contra o povo pobre do Brasil.

Enquanto as universidades privadas vivem cheias de “alunos carentes” os propriamente ricos estudam nas Universidades federais e estaduais deste País. Basta verificar de onde vem os alunos da ESAG, da Medicina, da Odontologia, da Engenharia, do Direito, etc. Vale observar, também, que, 75% dos universitários brasileiros, estudam nas Universidades privadas. Estas, com recursos, se transformarão, no médio prazo, nas melhores escolas do País.
Não bastassem estes equívocos citados, ultimamente, o Governo Federal, fez o que chamou uma “reforma das Universidades” introduzindo as quotas para negros e índios. No médio prazo isto vai se mostrar totalmente equivocado e as Universidades Públicas se tornarão um gueto de estudantes no melhor figurino das escolas públicas de nossas periferias.
Como resolver este impasse?
A solução passa por emendar a Constituição através de uma (PEC) para suprimir o item IV do artigo 206 da Constituição Federal que trata da gratuidade do ensino público acrescentando, todavia, que será assegurado a todo o estudante carente, o financiamento dos seus estudos superiores, cuja amortização, poderá ser feita ou com trabalho à comunidade em qualquer região do país ou em dinheiro.
Em seguida atribuir ao Sistema Público Universitário autonomia financeira para gerenciar as suas unidades, através de Fundações. Portanto, o aumento das vagas, melhoria salarial dos professores e funcionários e a ampliação dos investimentos nas “Universidades Públicas” só será possível com a participação financeira dos alunos. As economias daí resultantes, deveriam ser aplicadas no ensino básico fundamental. O que deve ser gratuito e universal, é o ensino de primeiro e segundo grau, não o ensino universitário.
Penso que defender mais universidades públicas, dentro do modelo atual, é um enorme equívoco. Na mesma linha, soa como uma afronta que municípios, como São José e Palhoça, venham a público informar que estão abrindo as primeiras universidades municipais do Brasil. E o ensino básico e fundamental, o ensino profissionalizante, nestas cidades, está resolvido?