
DOUTRINAS POLITICAS INTERPRETAÇÕES
Amigos e amigas de Floripa
Até o advento da Revolução Francesa a mundo, majoritariamente, só conhecia a monarquia. O rei ou o imperador, tudo podia inclusive dispor da vida das pessoas.
A França de 1789 já com seus 25 milhões de habitantes, era um reino poderoso, sob o comando de Luiz XVI, mas, economicamente, ia muito mal. A nobreza e o clero não pagavam impostos, em compensação, a população era extorquida em 80% de tudo o que produziam. Predominava a pobreza, a criminalidade, a insegurança. A França “ardia” politicamente.
Até que em 14 de julho de 1789 o povo se revoltou, invadiu o prédio denominado Bastilha espécie de prisão dos opositores do reino, e o mundo nunca mais foi o mesmo. Entre 1789 a 1799, pode-se afirmar que foram os 10 anos que abalaram o mundo.
Nascia desta Revolução Popular sob o lema – Fraternidade, Igualdade e Liberdade – uma nova doutrina política denominada de LIBERALISMO (do latim liber+ismo). Seus princípios eram claros e permanecem vivos até hoje: defesa da vida, dos direitos individuais, da propriedade privada, do livre mercado, da democracia.
Em contraposição a estes valores, em 1917 Lenin e seus comandados resolveram implantar na Rússia os postulados marxistas, precisamente, o contrário do que pregavam os revolucionários franceses.
Suas primeiras ações foram nacionalizar os bancos e acabar com a propriedade privada. Muitos não lembram, mas a teoria de Marx está centrada na destruição da teoria dos preços, ou seja, Marx acreditava que uma economia centralizada e planificada faria com que todos pudessem ter uma vida melhor. Foi o que fizeram os bolcheviques, assassinaram seus opositores a partir da Czar Nicolau II e sua família, destruíram a economia russa. Depois de 80 anos se provou que a teoria não funcionava. Nunca deu certo em lugar algum.
Muitos líderes políticos que tinham simpatia ao marxismo, perceberam que na sua forma original não daria certo optaram por criar atalhos – encontraram um socialismo light. Surgiram então formas de fraudar a teoria como o “socialismo Fabiano”. Outras fraudes surgiram com nomes do tipo “socialismo católico”, “socialismo democrático” “socialismo científico”. Aqui no Brasil temos 12 partidos que defendem o socialismo, a maioria não assume que desejam tomar o poder para implantar o marxismo no País, ainda que esteja expresso nos estatutos estes objetivos.
Muitos também se posicionam contra o comunismo, sendo este a “cereja do bolo” da teoria marxista. Depois de acabar com o sistema capitalista as sociedades se organizariam em “comunas autossuficientes” dispensando até a estrutura de Governo. Guardadas as proporções seria voltar ao tempo da taba, às aldeias indígenas. Tem gente que acredita nisso.
Curiosamente há a “socialdemocracia” espécie de socialismo brando. Mas ao examinar seus valores surgem os valores que são tipicamente do campo do liberalismo, defendem as liberdades civis, os direitos de propriedade e a democracia representativa. Portanto os espertalhões que adotam a socialdemocracia como algo inovador, são todos liberais envergonhados. Vale ressaltar que socialdemocracia não é regime de governo consagrado nos compêndios da sociologia. A socialdemocracia se insere dentro do campo ideológico dos revolucionários de 1789.
Vale destacar também o Conservadorismo, forma de preservar a ordem, a justiça, a liberdade e os bons usos e costumes. Mas esta conceituação não é “regime de Governo” e, em tese, todos os liberais defendem estes valores.
Em resumo pode-se então concluir que os regimes de governo são sustentados por duas teorias – o liberalismo e o socialismo. No liberalismo por exemplo podemos aceitar mais governo ou menos governo segundo as necessidades do momento. Já no socialismo, ao contrário, a teoria expulsa a ideia de “mais ou menos capitalismo” impera o poder total do Estado.