RELOGIO DE SOL NA BEIRA MAR NORTE
A curiosidade sobre o tempo vem da antiguidade. O mais antigo relógio tendo o sol como orientação foi construído no Egito há 3500 atrás. Segundo alguns historiadores há notícias que na Mesopotâmia (atual Iraque entre os rios Tigre e Eufrates) há 4000 anos já se falava na divisão do tempo em dias e horas.
Há indicações que na China, 23 séculos AC os chineses já haviam determinado as datas de solstícios (o dia mais longo do ano) e equinócios (dia e noite tem a mesma duração). Na Inglaterra “Stonehenge” um monumento feito em pedra deixa claro que o objetivo era identificar as épocas do ano.

A Bíblia cita o relógio de sol do Rei Ahaz, nos versos dos Reis 20:9-11 e Isaías 38:8, época que corresponderia a 700 AC. Berossus, sacerdote e astrônomo caldeu (300 AC), desenvolveu um tipo com uma concavidade hemisférica, que reproduzia a cúpula celeste.
Os gregos foram os estruturadores da astronomia como ciência, iniciando com Thales de Mileto no século VI AC. Eles também perceberam a natureza cíclica do tempo descobrindo os solstícios e a obliquidade da eclíptica.
Os árabes usaram princípios de trigonometria no desenho dos relógios. No século VIII DC, Abul Hassan escreveu sobre o desenho de linhas de hora em superfícies cilíndricas e cônicas e introduziu o princípio das horas iguais para fins de cálculos astronômicos. Por volta do ano 1000 DC, os árabes se valeram do conhecimento ocidental, especialmente grego, traduziram para o árabe textos científicos (e filosóficos) e experimentaram notável desenvolvimento nesta área.
Nos quase 1000 anos de trevas que foi a Idade Média, a arte dos relógios de sol foram caindo no esquecimento, sendo raros os exemplares remanescentes desta época, da qual o da catedral de Chartres, França, construído em 1378 é um dos mais notáveis. Na Renascença tomaram novo impulso com a descoberta da imprensa e a divulgação científica de um modo geral.
Foram construídas relógios de sol que mais pareciam obras de arte, exigiam habilidade artística, conhecimentos sobre o movimento aparente do sol e eram até então segredos bem guardados. Na América pré-colombiana eram utilizados pelos maias, astecas e incas na determinação de solstícios e equinócios.
Com o aparecimento dos relógios mecânicos no século XVI e o seu consequente aperfeiçoamento os relógios de sol foram caindo em desuso.
De repente, surgiu um na AVenida Beira Mar.