JARDIM BOTÂNICO

Poucos sabem que a semente do Jardim Botânico de Florianópolis foi plantada por este modesto escriba quando, Presidente da ACIF. Na oportunidade, a Prefeita Ângela Amim, solicitou que as Entidades apresentassem projetos ao novíssimo IGEOF (Instituto Gerador de Oportunidades). A proposta apresentada foi aceita imediatamente.
Sempre me incomodou nossa cidade não contar com um equipamento desta natureza, sobretudo, pelas nossas características universitárias com mais de 20 organizações acadêmicas atuando na região.
Uma das primeiras iniciativas de D.João VI ao chegar ao Brasil, foi criar um Jardim de Aclimação, no Rio de Janeiro, em 1808. Portanto em relação ao Rio de Janeiro estamos atrasados mais de 200 anos.
Entre os objetivos esta a promoção de estudos qualitativos e quantitativos das regiões vegetais da Ilha de Santa Catarina e outras Regiões periféricas e do País, pesquisar a biologia das sementes de plantas nativas, frutíferas, florestais, medicinais, etc. repassando para a comunidade novas tecnologias para o desenvolvimento da agricultura especializada como forma de melhorar a renda familiar (nossa ilha conta com excelentes áreas para a exploração de ervas medicinais, verduras e legumes, flores, etc.). Na verdade o Jardim Botânico deverá avançar e se transformar, no futuro, num verdadeiro centro de ensino trazendo luz e saber sobre nossa fauna e flora da Ilha.

Quando iniciamos o debate sobre sua localização emergiu de pronto as áreas públicas do Rio Vermelho, entretanto, não prosperou. Com o ingresso da Fundação para o Apoio a Ciência e Tecnologia do Estado de Santa Catarina – FAPESC, esta convenceu o Governo do Estado a doar um terreno da Epagri na região do bairro do Itacorubi, o que foi feito. Posteriormente, como membro do Conselho Superior do Sapiens Parque propus que uma das áreas do Sapiens fosse utilizada como uma “parte do Jardim Botânico de Florianópolis” o que foi aceita pelos conselheiros. O nosso Jardim Botânico, portanto, será composto por partes isoladas, fisicamente, mas integradas num projeto único.
Vale perguntar a quem de direito – IGEOF, FAPESC – qual a evolução do projeto. No serviço público, costumeiramente, quando muda o mandatário, certos projetos são abandonados. O Jardim Botânico é uma iniciativa ambiental extraordinária, um investimento limpo, é um projeto viável que atende aos desejos de milhares de pessoas sob o ponto de vista do interesse ambiental, acadêmico e, para nossa cidade, turístico. Fazê-lo andar é um esforço conjunto das pessoas que adoram a cidade e querem o seu bem.