Floripa 286 anos

Florianópolis é uma cidade cercada de belezas por todos os lados, no Continente ou na Ilha, cantada em prosa e verso, com povo hospitaleiro e dizem as pesquisas, a melhor capital do Brasil.
Somos hoje 400 mil pessoas, em 2030, pouco menos de 18 anos, seremos o dobro. Nossos veículos somam hoje 200 mil, serão 500 mil até 2030. Como pertencemos a uma região metropolitana, é mais um fator de risco, nossos vizinhos que são hoje 400 mil também dobrarão de tamanho. Chegaremos, no total regional, a quase 2 milhões de pessoas e a 1 milhão de veículos.
Freqüentemente se pergunta se a cidade esta preparada para receber o dobro de pessoas existentes nos próximos 18 anos. A continuar com os entraves atuais a resposta é um sonoro não. Atualmente investir em Florianópolis é um ato de coragem que poucos se arriscam. Falamos de grandes investimentos, aqueles que realmente importam em termos de capitalizar uma corrente permanente de crescimento auto sustentado. Temos “xenofobia” pelos bons investimentos (Ex. Shopping Iguatemi, SOS CARDIO na SC401)

Afinal o que impede o investimento em nossa cidade. A convicção de quem entende de gestão pública é que nossa cidade não conta com um IPUF forte, inspirador de credibilidade, que faça do Planejamento Urbano, a diretriz básica do seu futuro. Se este for considerado uma prioridade, o zoneamento e a ocupação da terra e do mar será feita de forma racional, ocupando as vastas áreas despovoadas de nossa Ilha. O Gerenciamento Costeiro esta apenas começando, sequer foi regulamentado, não temos marinas, atracadouros.
Muitos modelos de gestão estão superados – ao invés de uma CASAN Estadual a região metropolitana implora por um Consórcio Público sob controle dos municípios conurbados; a COMCAP precisa ser revitalizada, inserir o capital privado, transformar o lixo em “luxo e riquezas” e não simplesmente transportá-lo para o aterro sanitário. Contamos apenas com um tipo de transporte de massa enquanto nossas “avenidas marítimas” imploram pela a implantação de novo sistema, que contribuiria para a diminuição do caos urbano e injetaria fortes estímulos ao turismo regional.
Cabe uma reflexão neste aniversário da cidade – optar pelo Planejamento Urbano ou pelo caos urbano, cabe a todos nós contribuir na solução.
