FLORIPA NÃO TEM COMO SE EXPRESSAR
Amigos e amigas de Floripa

Participei e participo de vários fóruns pelo interior da Ilha em que as comunidades se juntam para expressar o seu descontentamento com alguma omissão das autoridades ou então para propor projetos que solucionem os seus problemas.
Exemplos disso são as novas Entidades como o CODENI, CODESI E CODECON, recentemente criados. Nestes ambientes se respira “sociedade” com altas doses de civismo comunitário.
Em que pese todo este esforço, com decisões aprovadas em alguns casos por mais de 300 pessoas, verifica-se que a sociedade não tem um “canal junto das autoridades” de forma permanente, perene, duradouro e legal para reclamar suas demandas sociais. Frequentemente os responsáveis pelas Entidades preparam documentos que depois são levados para as autoridades – via de regra, rapidamente esquecidos.
Há necessidade de uma “ponte cívica” que faça a ligação com base em lei. Enquanto isto não acontece a sociedade vai continuar esperneando com resultados sempre pífios.
Guardo convicção que a solução reside no CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE mas dentro do Poder Legislativo. Atualmente ele existe mas opera dentro do Executivo como um legitimador de seus projetos. Além do mais seu poder de influência é mínimo. Foi criado dentro da lei 482/14 (Plano Diretor). Proponho que seja recriado com outras roupagens e dentro da LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE FLORIANOPOLIS/SC com claras atribuições deliberativas que serão absorvidas pelos senhores vereadores.
Composto por Câmaras Temáticas e ocupadas por renomados profissionais da cidade, recepcionarão as demandas das comunidades, levarão o Poder Legislativo a construir o Planejamento de Longo Prazo que será, posteriormente, gerenciado pelo Prefeito eleito.
A cidade se libertará do “salvador da Pátria” e a sociedade, finalmente passará a senhora do seu próprio destino.