
CAMINHOS DO PENSAMENTO IDEOLÓGICO
Amigos e amigas de Floripa
Brenton Harrison Tarrant, de 28 anos, branco e australiano foi o autor do massacre de 49 pessoas no Distrito de Christchurch, na Nova Zelândia, no dia 15/03. O assassino fez um gesto conhecido como símbolo dos supremacistas brancos com as mãos enquanto era fotografado.
A Supremacia Branca é descrita como uma forma de racismo preconizando que os brancos são superiores a pessoas de outras etnias raciais e que, portanto, os brancos devem governar politicamente, economicamente e socialmente os não-brancos.
A partir destas considerações foram feitas outras ilações a mais importante, ter sido o assassino reconhecido politicamente, como de extrema direita. Usando os conceitos de trânsito, há a direita, a esquerda, o centro e a extrema esquerda. A origem de todos os equívocos para explicar o ocorrido nasce desta distorção conceitual dos “sinais de trânsito”. É que se recepcionou como algo normal dizer-se que a “direita” representa mais os direitos individuais e menos os coletivos, defende os valores religiosos, da família, os bons usos e costumes cujo epicentro político mundial estaria nos USA. Já a esquerda, pensa no coletivo, defende as causas “progressistas” como os direitos da mulher de abortar, defesa das LGBTs, entre outras minorias. É uma fraude histórica, uma simplificação canhestra que acaba não explicando os ritos políticos que governam um País.
Os regimes de Governo pertencem a dois campos distintos, o Liberalismo e o Socialismo, o primeiro tem postulados claros cuja origem estão nos “iluministas” do século XVII cujos ensinamentos desembocaram na Revolução Francesa de 1789. Até então reinava o absolutismo real regime de governo que vinha desde os primórdios dos tempos, o rei podendo dispor da própria vida do cidadão.
Os revolucionários de 1789 criaram um novo regime de governo baseado no “liberalismo” (da palavra latina liber, liberdade) cujos princípios fundamentais eram e ainda são: direito à vida, defesa dos direitos individuais e coletivos, direito à propriedade privada, ao livre mercado e a democracia (o governo tem origem no povo e não por uma interferência divina). O Governo existe para defender estes valores. Isto é ser de direita.

Em 1917, Lenin e seus sequazes deram início à nefasta Revolução comunista soviética, assassinando o Czar Nicolau II e sua família, milhões de proprietários de terras, bancos e comércio, milhões em campos de concentração, acabando com o pouco de democracia que existia na Rússia. Com a morte de Lenin, Stalin ampliou ainda mais as atrocidades, implantou uma feroz ditadura, mandou para as calendas os direitos das pessoas, coletivizou o País, o meio rural e urbano, tudo estava na mão do Governo. Destruiu a teoria dos preços e implantou o Planejamento Central. Cada russo tinha direito a um “uniforme, um par de sapatos e alguns outros pertences pessoais” e se dedicar, feitos burros de carga, a construir a “Republica do Proletariado”. Não deu certo, em 1989 caiu o Muro de Berlim e a farsa montada pelos comunistas. Portanto defender os postulados socialistas/comunistas é ser de esquerda. No Brasil temos 12 partidos que defendem estas iniquidades. De se registrar que a propaganda enganosa dos bolcheviques fez crer o contrário, que quem defende a população é o socialismo. São mentirosos contumazes.
Vale observar que o termo Centro, extrema direita ou extrema esquerda, não se encaixam nos postulados do liberalismo ou do socialismo. São conceitos anômalos que não explicam e só confundem. Afinal, então, onde encaixar o assassino da Nova Zelândia? Socialmente, estes indivíduos podem operar dentro de um regime socialista ou liberal. São pessoas ou grupos segregados, isolados, via de regra com fortes inclinações patológicas mentais, não tem uma linha política definida a não ser querer fazer prevalecer um preconceito criado, imaginário, de atacar os grupos “inferiores” para satisfazer seus instintos assassinos.