
BOLSONARO E O “WELFARE STATE”
Amigos e amigas de Floripa
A expressão significa “Estado do Bem-Estar Social” e consagra o Estado como o promotor dos bens e serviços em educação, saúde, segurança e a infraestrutura, portanto, insere o poder público como o organizador da economia. Cabe, ao estado do bem-estar social, garantir serviços públicos e proteção à população.
Do ponto de vista político do conceito, pode-se definir o Estado como um agente que ocupa uma “área cinzenta” em que não é socialista nem tampouco adepto da doutrina liberal.
Os escandinavos foram os primeiros a abraçar este conjunto de ideias até porque Gunnar Myrdal foi um dos expoentes a defender os postulados de uma política de transferência de renda, via políticas sociais. Acreditava que as “despesas correntes” na verdade se transformavam em “despesas de capital”, em investimentos. Não obstante o intervencionismo do Estado convivia pacificamente, com a economia de mercado, estimulando o seu crescimento, posto que adviria dos impostos os recursos para alterar o tecido social.
Outro grande pensador do “welfare state” foi Von Hayek que concluiu que um Estado provedor de todos os serviços se transformaria em “economia planificada” prejudicando a economia de mercado. De qualquer forma reconheceu a necessidade da presença do Estado para socorrer, principalmente, os mais necessitados.
Milton Friedman economista americano ao defender o “welfare state” foi além, propôs que não mais houvesse escola pública ou hospitais públicos. Em vez disso, cada cidadão receberia do Estado um “cheque cidadão” podendo gastá-lo nas unidades privadas que oferecessem estes serviços.
E no Brasil, como vai o Estado do Bem-Estar Social
Os governos de FHC e PT pretenderam defender políticas nesta direção. Mas como diz Thatcher o socialismo vai bem até acabar o dinheiro dos outros. Foi o que aconteceu. Enquanto havia recursos no Tesouro os programas sociais foram recepcionados como políticas adequadas, Fome Zero, Bolsa Família, etc. todos festejados mundo afora.
Em 2016 a conta chegou, Dilma não resistiu, foi apeada do poder, e nas eleições de 2018 o povo resolveu dar um basta no populismo, elegeu Bolsonaro.
Cabe ao novo Governo ter em conta que o welfare state é um bom conceito, todavia deve ser recepcionado dentro do liberalismo, dentro da economia de mercado, dentro do saudável capitalismo. É a economia de mercado que gera os investimentos, a renda os impostos, estes tão necessários à implementação de políticas sociais.
Presume-se que Bolsonaro, Paulo Guedes e Cia. saibam disso.