A TORRE DE BABEL – REVOLUÇÃO OU CONSTITUINTE
Amigos e amigas de Floripa
Quando Javé percebeu as intenções do povo de criar uma torre para chegar à sua morada concentrando os hebreus em vez de espalhá-los pelo mundo, achou que era hora de agir, mandou uma maldição para confundir a linguagem entre eles de tal sorte que não mais se entendessem. Deu certo. A torre foi encerrada, a ideia de buscar outros lugares no mundo prosperou e a paz voltou a reinar.
O Brasil virou uma grande Torre de Babel, as maldições são de diversos calibres, entremeou os diversos poderes, aparelhou o Estado. Neste momento todos gritam, todos se sentem com razão, mas nos falta o Supremo Javé. Seguramente não nascerá dos “fariseus” que operam os três poderes, os 27 Estados da federação ou os 5.570 municípios brasileiros. Todos estão contaminados pelas representações partidárias a que pertencem.
A constatação é que após mais de 30 anos de “democracia” comandada pelos civis que haviam, em sua grande maioria sido expulsos nos idos de 1964, não deu certo. Impuseram uma Constituição bichada com 250 artigos e mais 114 nas Disposições Transitórias, recheada de cláusulas que deveriam ser tratadas pelas leis infraconstitucionais, há dezenas de direitos sociais, trabalhistas e poucas obrigações, tratou de tudo, sindicalismo, juros, universalizou saúde, educação, segurança, infraestrutura e organização do Estado. É preciso rever estes equívocos origem de nossa insegurança jurídica. Vale ressaltar que nossa primeira Constituição de 1824 continha 179 artigos e a de 1891, a primeira da republica, com 90 artigos. A Constituição dos Estados Unidos aprovada em 1789 continha 7 artigos e desde então foi emendada 27 vezes apenas. A Inglaterra sequer tem um lei única, sua “constituição” é o conjunto de leis que regem a sociedade.
Chegamos numa encruzilhada política em que não há chances de fazer as reformas de que o Brasil precisa. Não há um grupo “líder” capaz de impor as regras da racionalidade representadas pela Reforma do Estado (enxugamento e demissões ou antecipação de aposentadorias), Reforma Tributária (com inserção de tributos compulsórios), Reforma da Educação (com a remoção dos privilégios ao ensino superior), Reforma da Previdência (com inserção dos limites de idade e teto financeiro). Mas a maior reforma, é a introdução de uma Constituinte para oferecer uma nova Constituição ao País sob o manto do PARLAMENTARISMO. Um País das dimensões continentais como o nosso, o melhor modelo será o parlamentarismo atribuindo ao Congresso Nacional a força necessária para mudar o Brasil.
Para alcançar estes objetivos há imensas dificuldades, as lideranças e seus partidos são majoritariamente, corruptos. A sociedade não acredita que sejam capazes de exercer seus mandatos isentos de seus habituais comportamentos devassos para as funções públicas.
Muitos só enxergam uma saída – uma mudança abrupta da organização estatal posto que chegamos a uma “torre de babel pós maldição” onde ninguém mais se entende. O País é predominantemente, liberal capitalista, mas vivemos uma contradição, o Estado está aparelhado, foi tomado pelos postulados do socialismo de resultados. – há 12 partidos socialistas e 23 liberais que se “auto aprovaram” dois fundos um partidário de 1 bilhão/ano e outro de Campanha, de 1,7 bilhões distribuídos entre os maiores partidos perpetuando a sua influência predatória. É um deboche, um escracho, uma infâmia contra o povo pobre do País; a Justiça Brasileira a começar pelo STF ostenta privilégios de sultanatos árabes (federal 50 bilhões), o Congresso Nacional gasta por ano 10 bilhões, o Executivo com 30 ministérios e centenas de empresas é um ralo sem fim. O Orçamento Primário da República (2018) é de 1,5 trilhões e mesmo assim faltam recursos. A Dívida Pública Brasileira já ultrapassa os 3,5 trilhões, só de juros e amortizações pagamos quase 800 bilhões.
Para resolver todas estas “encrencas” há que se impor um “poder superior” um grupo de brasileiros comprometidos com o futuro do País, com sua ideologia liberal, que defenda os temas inseridos na bandeira nacional, a ordem (disciplina) e o progresso. Ou faremos pelo “amor” pelo entendimento, ou pela dor, não há outro atalho para as graves soluções do País. Infelizmente.