A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA, DIVERSÃO E ARTE…

Os políticos brasileiros são useiros e vezeiros em dispor do dinheiro público para seus interesses eleitoreiros. Na época do governo FHC criou-se o Bolsa Escola que sob a direção da competente esposa do presidente Ruth Cardoso tinha objetivos claros – em troca de alguns benefícios financeiros aos pais estes se obrigavam levar seus filhos para a escola. Com a chegada do PT ao governo apareceram inovações – o que tinha objetivos nobres virou uma simples moeda de troca eleitoral – hoje basta ser da periferia ou “pobre”, todos ganham Bolsa Familia indo ou não, para a escola.
Mas a criatividade desse pessoal não para quando o objetivo são os cofres públicos. Recentemente D. Marta Suplicy atacou de Vale-Cultura, um beneficio destinado prioritariamente a todos os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos.
O objetivo é garantir meios de acesso e participação nas diversas atividades culturais desenvolvidas no Brasil. Guarda semelhança com o vale-transporte ou o vale-refeição. O trabalhador receberá um cartão magnético, que poderá usar para entrar em teatros, cinemas, comprar livros, CDs e consumir outros produtos culturais. O vale mensal será de R$ 50.
Quem vai pagar este “mimo” serão as empresas cadastradas no Programa de Cultura do Trabalhador recebendo um incentivo fiscal do governo, podendo deduzir o valor despendido com o Vale-Cultura do imposto sobre a renda. Não pense que é pouco não, serão 11,3 bilhões retirados do orçamento para beneficiar cerca de 18 milhões de trabalhadores.
Como a causa é nobre (beneficiar trabalhadores) ninguém tem coragem de se posicionar contra, o programa é aceito como uma “genial” idéia e todos se dizem felizes com isso – quem paga, quem usufrui e quem recebe.
Já temos a meia entrada para estudantes até 30 anos, agora, o vale cultura. Enquanto isso o salário do trabalhador é uma lástima, milhares de crianças continuam analfabetas e a saúde é um acinte. Acorda Brasil!!!