SOS – RIOS POLUIDOS, PRAIAS IMPRÓPRIAS PARA BANHO
Amigos e amigas de Floripa
Uma das desgraças a que somos submetidos pela incúria administrativa da PMF diz respeito a ausência de ações enérgicas que protejam nossos mananciais. Esta calamidade está generalizada em todas as grandes e pequenas bacias hidrográficas.
As grandes e pequenas bacias no interior da Ilha são as que se seguem:
GRANDES | PEQUENAS |
Ingleses | Santo Antônio de Lisboa |
Rio Ratones | Lagoinha do Leste |
Lagoa da Conceição | Morro das Pedras |
Itacorubi | Saquinho |
Saco dos Limões | Ribeirão da Ilha |
Rio Tavares | Tapera |
Pântano do Sul | Saco Grande |
Lagoa do Peri |
Em 2007 coordenei trabalho referente às Bacias Hidrográficas da Ilha juntamente com o Engenheiro Agrônomo, Augusto N. Pegas Filho. Os estudos contemplaram as 8 principais Bacias conforme tabela anterior.
Os resultados foram surpreendentes, todos os principais rios apresentavam contaminação, alguns trechos com nível 2 de oxigenação, significando que a vida já não era mais possível para os peixes e outros animais marinhos. De lá até esta data, o ambiente só piorou.
Neste verão de 2019 a Praia de Ingleses foi considerada imprópria para banho na altura do Rio Capivari pelos relatórios semanais do Instituto do Meio Ambiente (IMA), ao relatar presença de coliforme fecal na água que vai para o mar. Mas os resultados nefastos se registraram em Cachoeira do bom Jesus, no Sul da Ilha, na Lagoa da Conceição.
O último relatório do IMA (março de 2019) aponta que 33% das praias pesquisadas estão impróprias para o banho. Relatório do Instituto Trata Brasil aponta que caímos no ranking das 100 maiores cidades brasileiras, em 2017 éramos a 47ª, em 2018, 58ª. Portanto, nestes últimos 12 anos em vez de melhorar nossas condições ambientais, pioramos.
Qual a razão para tanta falta de zelo com o Meio Ambiente?
Há uma convergência de duas forças poderosas – a primeira é ausência de investimentos pela CASAN uma empresa estadual com enormes deficiências financeiras, perdeu sua capacidade de investir, acumula prejuízos crescentes, 28 milhões em 2017 e 200 milhões em 2018. Segundando a deficiência vem da Prefeitura que é o Poder Concedente que aceita passivamente que a CASAN descumpra com suas obrigações contratuais com a cidade.
No fundo questões políticas menores em prejuízo da cidade.
A CASAN acaba de publicar seu balanço anual de 2018. Os investimentos na cidade foram zero, nem siquer arrolaram a URA da Beira Mar um projeto de 20 milhões.