
O INVEROSSÍMEL ENGORDAMENTO CANASVIEIRAS
Amigos e amigas de Floripa
Visitei em 19 de outubro a marcha dos trabalhos do engordamento da praia de Canasvieiras. Não sou engenheiro, todavia, o que encontrei diria é inverossímil. Os serviços se dão de uma maneira fantástica – uma draga com compartimento vai até o banco de areia, suga até encher o compartimento, desloca-se até à praia, acessa um duto flutuante, para despejar a areia num canal previamente aberto por escavadeira, retorna, e o processo se renova 24 horas por dia.
Na década de 80 toda a cidade presenciou o engordamento da Baia Norte para recepcionar a atual avenida. Eram dragas localizadas sobre bancos de areia transferindo o material através de dutos, diretamente nos locais previstos. Produziam metros cúbicos aos milhões. Faz 40 anos, e agora somos surpreendidos por uma draga-navio, mais parece uma tartaruga gigante transportando areia do mar à praia. Impossível que tudo esteja pronto em dezembro.
O equipamento utilizado pode servir para limpar rios, canais, lagoas, nunca para engordar praia em mar aberto. É uma técnica inadequada para o que se pretende.
A temporada de verão já está às portas. Faltam menos de 60 dias para o final de ano. Como explicar aos comerciantes, aos turistas, aos moradores o imbróglio que vai se formar? Serão centenas de milhares de pessoas atingidas, a economia, os empregos, a renda, os impostos. A faixa de praia atingida é o coração de Canasvieiras e por óbvio as consequências negativas na parte econômica e turística serão enormes.
Urge que se debata saídas para o que foi feito sempre lembrando que a sociedade é extremamente grata ao Prefeito pela decisão de fazer o engordamento. Foram 25 anos ou mais de apelos dramáticos feitos à PMF para alargamento da faixa de areia, finalmente, atendidos. Será lamentável ver um projeto tão importante fulminado por críticas quando as expectativas não se realizarem.
Cabe a meu modo de ver chamar os assessores técnicos e indagar porque foi aceito uma tecnologia imprópria para o engordamento? Repito mesmo para quem não é engenheiro, salta aos olhos as inadequações dos serviços.
É preciso urgentemente, substituir o equipamento atual por equipamento de uso continuo, como já vimos em décadas passadas. A omissão administrativa poderá pagar um preço político desnecessário e injusto para um prefeito que tem se revelado um zelador exemplar.