
LIXO LICITAÇÃO INTERNACIONAL
Amigos e Amigas de Floripa
A COMCAP gasta por ano 180 milhões algo como 45 milhões de dólares. Acumula prejuízos sucessivos em 2019, serão 176 milhões. É um quadro financeiro insustentável cujo modelo precisa ser debatido.
O modelo atual é “público” cabe à PMF todas as despesas da coleta de lixo, especialmente a folha de 1452 empregados que consomem 128 milhões. Cobra uma TCRS variável de 300 a 450 reais por residência dependo do número de coletas semanais. Segundo o IBGE são 140 mil residências, para os efeitos da TCRS estima-se que pelo menos 80 mil imóveis estejam adimplentes com a TCRS o que lhe permite uma receita de 30 milhões.
Em São José, com a metade da população de Floripa, a Ambiental, empresa terceirizada, opera com 100 funcionários. Em tese 200 funcionários seriam suficientes para coleta e destino do lixo da cidade. O transporte anual gira em torno de 12 milhões.
O lixo pode ser classificado em: Domiciliar: alimentos, papéis, plásticos, vidros, papelão, produtos deteriorados, entre outros; Industrial: cinzas, lodos, metais, cerâmicas, madeira, borracha, resíduos alcalinos, entre outros; Hospitalar: embalagens, seringas, agulhas, curativos, gazes, ataduras, peças atômicas; e, Lixo tecnológico: computadores, pilhas e aparelhos eletrônicos em geral.
Floripa e Região, felizmente ultrapassaram os lixões a céu aberto e todos os municípios destinam adequadamente, o lixo urbano para o aterro sanitário de Tijuquinhas. Este espaço é operado por profissionais qualificados e tem estrutura para o tratamento de gases e do chorume.
Qual a solução, já que mesmo aterros sanitários estão com seus dias contados? Os técnicos e o MMA apontam para os Três Erres (3R’s) – reduzir, reutilizar e reciclar.
- Reduzir significa consumir menos produtos e preferir aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade.
- Reutilizar é, por exemplo, usar novamente as embalagens. Exemplo: os potes plásticos de sorvetes servem para guardar alimentos ou outros materiais
- Reciclar envolve a transformação dos materiais, por exemplo fabricar um produto a partir de um material usado. Podemos produzir papel reciclando papéis usados. Papelão, latas, vidros e plásticos também podem ser reciclados.
Via de regra as soluções, são caras, a coleta seletiva é feita de forma amadora, quase uma súplica aos usuários, tudo exige investimentos, que são onerosos, exigem “verdadeiras fábricas” recursos que as Prefeitura (e a Região) não têm. E o que fazer com os resíduos orgânicos?
Para superar as deficiências financeiras cabe uma licitação internacional, novos recursos, criação de um Consórcio Público, para proceder como se faz nos países desenvolvidos, em Singapura, Coreia do Sul, Japão, Alemanha onde o lixo, quase que 100%, é reciclado.
Por enquanto o aterro de Tijuquinha com todas as suas deficiências é uma solução paliativa. Até quando?