
CAOS NO SANEAMENTO
Amigos e Amigos de floripa
Com investimentos de 18 milhões a CASAN anunciou a implantação da URA – unidade de recuperação ambiental, da Beira Mar. Iniciativa pálida como está, é comemorada como um grande feito de investimento, comparece o Governador, Prefeito, Secretários, discursos ufanistas, mas no fundo, retirando a componente política presente nestes encontros sobra pouco para comemorar.
O PMSB demanda investimentos da ordem de 100 milhões por ano segundo o que foi contratado pela lei 9400/13 entre a cidade e a CASAN, seis anos atrás. Portanto a cidade deveria ter sido contemplada com nada menos do que 600 milhões de investimentos, até agora, mas a realidade é bem diferente.
Em 2015, foram 62 milhões, em 2016 e 2017 a CASAN não publicou os investimentos realizados na cidade. Seguramente, foram baixos, em todo o Estado em 2017, foram 248 milhões. Via de regra a Estatal publica números ufanistas em Investimentos em nossa cidade. Vale ressaltar ainda que sem financiamentos externos a CASAN não tem como realizar os projetos, recepcionou um prejuízo de 28 milhões de 2017 e em 2018, estima-se algo próximo a 180 milhões. Sobrevive de financiamentos de duas agências internacionais a AFD francesa e a JICA japonesa que em 2017 aportaram juntas 220 milhões, justamente, o valor de todos os investimentos realizados no Estado. A capacidade de endividamento está esgotada.
De ressaltar que o modelo CASAN está equivocado e se aprende nas primeiras aulas de gestão que não há decisão certa para um modelo errado. Quando foi criado fazia algum sentido uma Empresa Estatal Estadual criar as condições para uma “política de saneamento”, foram adotados grandes linhas de financiamento via BNH e uma maluquice chamada “subsídios cruzados” onde os municípios maiores transferiam renda aos menores. Até hoje muitos argumentam nesta direção. O BNH acabou tamanha era a corrupção e os desmandos, os financiamentos desapareceram, sobraram então para os Estados assumir suas empresas ou com aportes de capital ou com aumento de tarifas. Hoje a CASAN cobra uma das maiores tarifas do Brasil.
Joinville que contribuía com 22% da arrecadação da CASAN logo pulou fora, Lages, também, cidades que geraram dois governadores, LHS e Colombo, e, nenhum deles se lembrou de trazer de volta a CASAN a seus municípios. Porque? Justamente, porque perceberam que eram “exportadores de tarifas” e como não tinham vocação de Robin Hood, exigiram que Floripa e São José ficassem no Sistema, os dois “otários” que sustentam a arruinada CASAN.
Atualmente a Região Metropolitana contribui com 44% de todas as Receitas da CASAN e recebe quase nada em troca. Por razões de ausência de investimentos tudo anda poluído na Região. Pior em muitos casos até água está faltando.
Esperamos que nossa Câmara de Vereadores e o futuro Prefeito adotem medidas saneadoras. O mundo quer aplicar aqui, podemos levantar os 3 bilhões de recursos necessários sem onerar o Estado. Basta apenas determinação e vontade.
1 COMMENT
Boa tarde Dilvo.
Nada como estar bem informado do jogo através de seus claros artigos.
Vamos em frente, ter conhecimento é fundamental para alcançar a mudança que desejamos.
Grande abraço!