CIENCIA E TECNOLOGIA (C&T) O ORGANOGRAMA CONFUSO
Há quatro prioridades na escala do desenvolvimento econômico – educação, saúde, segurança e tecnologia. Nenhum país se desenvolve se não aplicar forte em tecnologia, mas a tecnologia se desenvolve nos municípios. Assim cabe a eles organizar a matriz orgânica das Entidades que operam nesta área e juntos, poder público e privado buscar as alternativas que levem a aplicação rápida dos projetos em desenvolvimento em benefício da sociedade.
Sempre tivemos a pretensão de transformar Florianópolis no maior polo de tecnologia do Sul do Brasil através do gerenciamento de políticas e estímulos fiscais visando ao desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação. Temos a matéria prima para este tipo de segmento – as universidades.
Assim é que o Decreto Municipal nº. 5589, 13 de março de 2008 informa que o Sistema Municipal de Tecnologia de Informação e Comunicação do Município de Florianópolis tem por objetivo a normatização, padronização, orientação, aplicação e execução, no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta do Município de Florianópolis, da política municipal de tecnologia de informação e comunicação do município de Florianópolis, competindo à Secretaria de C&T e Desenvolvimento Sustentável a sua execução.
Os objetivos eram amplos, notadamente, para a Administração Direta e Indireta. Começam aqui os equívocos. Fizeram uma Secretaria C&T e penduraram o “Desenvolvimento Sustentável” que ninguém sabe ao certo o que isto quer dizer. Ora não cabe a uma Secretaria de C&T ficar gerenciando estruturas da Administração. Poderá até solicitar o apoio, mas não é atividade principal de C&T. Há outro detalhe, quando se quer implantar um governo eletrônico há que se ter padronização dos organogramas sob pena de o que servir para uma secretaria não for útil para a outra.
Quem milita nas atividades de consultoria observa que a separação das tarefas é fundamental para que os colaboradores possam exercitar o planejamento com foco nos objetivos que se deseja alcançar. Juntar “desenvolvimento sustentável” não foi uma boa opção administrativa.
Uma Secretaria do Desenvolvimento Econômico (e não sustentável) se faz urgente em nosso município. Afinal, quem produz precisa ser representado no poder. Chega a ser risível que não tenhamos esta secretaria que abrangeria o comércio, a indústria, os serviços, a pesca, e até o pouco de atividade rural que ainda temos.
Assim a Secretaria de C&T e uma Secretaria do Desenvolvimento Econômico esperam a sua implantação.
Um dia chegaremos lá.