PLANEJAMENTO URBANO – HABITAÇÃO
Querer insistir em habitações uni familiares é consagrar o amor exclusivo da pessoa e de seus interesses, é ser egoísta, interpretar o espaço urbano com mesquinhez, ser pouco generoso com todos aqueles que querem morar na cidade.
Quem não conhece a Ilha de Santa Catarina pensa que a Ilha vai afundar com estes novos 400 mil habitantes. É tudo conversa de amadores. Alguns sugerem “brecar” o crescimento sob o argumento de que a cidade vai cada vez mais para o caos urbano.
Trata-se de uma imagem amadora padronizada que muitos defendem, individualmente ou em grupo, refletindo uma avaliação absolutamente, simplificada. Nasce daí o seguinte axioma – fazemos primeiro os investimentos em novas ruas e avenidas, saneamento, transporte marítimo? (portanto vamos parar de construir) ou continuamos construindo. Salta aos olhos que o melhor a fazer é usar os dois níveis de investimento simultâneos.
De se perguntar onde a construção civil, oficial, geradora de empregos, renda e, sobretudo, impostos contribuiu para as mazelas urbanas? Pelo contrário atende a uma demanda social de fundamental importância, abrigar seus moradores. Qual a contribuição das invasões, loteamentos clandestinos, parcelamentos inadequados do solo, no entulho urbano atual? Parece que mexer neste “formigueiro” tira votos, logo, ninguém tratou do problema nestas eleições.