MOVIMENTO FLORIPA SUSTENTÁVEL CENTRALIDADE GERAÇÃO DE IMPOSTOS
Amigos e amigas de Floripa
Nossa cidade é composta por 12 distritos e cada qual tem sua centralidade. O Distrito Central (que é subdividido em dois – o Centro e o Continente) tem sua origem no marco zero que é a Catedral Metropolitana dedicada a Nossa Senhora do Desterro. Há aqui uma constatação singular, nossa cidade é composta de doze micro-cidades perfeitamente distintas com suas idiossincrasias, sua cultura local, seus usos e costumes. Ribeirão da Ilha é diferente de Canavieiras, que é diferente de Ingleses que é diferente da Lagoa da Conceição, todas com seus centrinhos localizados.
Os arquitetos e estudiosos dos centros urbanos partem desta referencia espacial “centro da cidade” que via de regra é ligada à história, onde tudo começou para projetar o seu futuro. Os prédios mais antigos, equipamentos urbanos, espaços culturais, centros administrativos, concentração do comércio e serviços, tudo enfim, tem nestas atividades a origem da cidade.
Pode-se e devem-se preservar estes espaços, não impedir o crescimento moderno ao seu redor. O PD fez isso, quer impor nestas micro-cidades um atraso incompreensível, não se pode nos distritos construir mais do que dois andares sem ático e pilotis. Como argumentos sobressaem a resistência das populações contra a construção de prédios mais elevados alegando problemas de mobilidade urbana e saneamento básico.
Não há nenhuma evidência de que isso possa acontecer até porque, no próprio PD deveriam estar presentes as projeções do futuro sistema de mobilidade da cidade com transporte marítimo, teleféricos, túneis, entre outros. Quanto ao saneamento básico já existe tecnologia que resolve as questões sanitárias de um edifício, não importa o seu tamanho.
Mas há mais vantagens em permitir o desenvolvimento urbano destes centros – a fixação das pessoas à região cujo efeito colateral será diminuir a mobilidade das pessoas. Os investimentos em grandes projetos que por sua vez atraem outros negócios vão permitir a geração de empregos, renda e impostos estes necessários para atendimento das demandas sociais.
Os arautos do atraso não desconhecem que hoje se arrecada muito pouco, nos distritos. A população e muitos “intelectuais” não enxergam que a cada empreendimento que é feito, a Prefeitura se torna sócia do negócio com pelo menos 2% de IPTU, ITBI, pagamento de taxas, se for comercial vem junto o ICMS, o ISS, e tantos outros. O leitor deveria imaginar este quadro e se perguntar – como ser contra a uma ação que a cidade se torna sócia? Afinal só através destes impostos é que podemos resolver a construção de mais creches, escolas, postos de saúde.
O Planejamento Urbano (que não se confunde com a lei do PD) com base nas métricas do PD deveria examinar com interesse o conceito de Centralidade e estimular a verticalidade dos edifícios, outro conceito desprezado pelos autores da lei.
Conceber um PD moderno e eficiente requer antes, o entendimento de vários conceitos como estes inseridos neste texto.