
FLORIPA FORA DOS FLUXOS TURISTICOS
Amigos e amigas de Floripa
Chega a ser comovente o esforço do Ministro Vinícius Lummertz em divulgar o Brasil. Todo o esforço, entretanto, perde relevância para as iniquidades nacionais – ausência de segurança, de saneamento básico, de mobilidade urbana. Temos bons hotéis, uma razoável rede de boa culinária, mas as imagens exibidas no exterior não deixam dúvida, ninguém viaja a um País com mais de 60 mil assassinatos em 12 meses. Floripa paga por isso também.
Esta semana estudos da Top 100 City Destinations 2018, revelou que não há uma mísera cidade brasileira entre elas. Hong Kong é a campeã mundial com 29,8 milhões de visitantes, Bangcoc segue como segunda colocada no ranking, com 23,6 milhões, Londres é a terceira, com 20,7 milhões. Para o leitor ter uma ideia do nosso distanciamento, durante o ano da Copa atraímos para cá pouco mais de 6 milhões.
Há uma curiosidade, Cingapura, que é uma ilha do tamanho de Floripa com 716,1km2 (Floripa 675,40km2), população de 5,4 milhões, renda de 81 mil dólares recepcionou mais de 17 milhões de visitantes.
Não bastassem as iniquidades nacionais convivemos com algumas locais. Aqui alguém já disse há 20 anos atrás que a Ilha iria afundar, tinha então 300 mil habitantes. Passamos de 500 mil, no verão 1 milhão, e ainda não afundamos. O que afundou foram os projetos que iriam impulsionar o nosso desenvolvimento, as modernas construções, centros comerciais, de escritórios, a moderna infraestrutura, os terminais integrados de transporte, as marinas.
Em Cingapura os prédios alcançam 80 andares, aqui o “socialista” PD em vigor permite construções de 2 pavimentos desde que sem ático e pilotis. Nossa Câmara de vereadores tem pouco interesse pelos investimentos. Alguns de seus membros são verdadeiros dinossauros, foram contra a Ponta do Coral e agora, o Parque Aeronáutico de Ratones. Os chamados liberais não se dão conta destas ações nefastas que subtraem a renda, os empregos e os impostos, necessários para as creches e postos de saúde. Parecem temer estas ameaças aos empregos, preferem construir quadras improvisadas na Beira Mar ou então pequenas intervenções nos distritos da Ilha.
O desenvolvimento econômico, o crescimento turístico depende dos investimentos e estes precisam da segurança jurídica e de boas leis o que é uma raridade em Floripa.
Para assegurar um desenvolvimento “a lá Cingapura” é preciso revogar o vetusto PD aprovado sob a égide de uma cultura do atraso, em seu lugar uma lei simples mas objetiva – tudo o que o Código Florestal não proibir, pode-se fazer. O resto são penduricalhos que os burocratas adoram inserir dentro das leis, mas de pouca utilidade.