MONITORAMENTO DA CIDADE
Amigos e amigas de Floripa
Foi publicado em, 30/11/2017, extenso relatório sobre alguns indicadores da cidade, com foco na Dimensão urbana (ordenamento do solo, ambiente de negócios, educação, saúde, segurança, capital humano); Dimensão ambiental (água, esgotamento, lixo, ruído, qualidade do ar) e Dimensão fiscal (gestão pública, transparência, gasto público). Foram atribuídas cores para os indicadores, verde – caminho certo, amarelo, em atenção e vermelho, em alerta, comparando o ano de 2015 e 2017. Segundo o Relatório a cidade piorou.
Tenho afirmado que somos bons de diagnósticos mas vulneráveis quando o assunto é desenvolvimento econômico – forças ainda poderosas brecam qualquer iniciativa dos grandes projetos da cidade.
Fundamentalmente a cidade depende de três grandes frentes de decisão cujos objetivos só poderão ser alcançados dentro de Parcerias Público Privada (PPPs) cujos projetos exigem a união de forças com os investidores privados, locais e externos.
A primeira grande decisão diz respeito à Mobilidade Urbana. Não se resolve esta questão apenas com um modal de transporte, há a necessidade do modal marítimo e dos teleféricos convergindo para terminais integrados, central e distritais. Pouco vai adiantar colocar mais articulados nas nossas avenidas ainda que com pistas exclusivas. Na questão da infraestrutura dependemos de túneis, alargamentos das SCs e Via Expressa.
A segunda grande decisão diz respeito à questão ambiental – lixo e esgotamento sanitário. Na questão do Lixo o problema não é operacional, é econômico-financeiro. O município não pode arcar com mais de 250 milhões, quase o IPTU recolhido, para manter um “dinossauro” com quase 300 milhões de prejuízos acumulados. É dinheiro que vai faltar em outros projetos importantes para o município. Na questão do esgotamento sanitário o Plano Municipal de Saneamento aprovado propõe investimentos da ordem de 100 milhões anuais recursos que a CASAN não tem. É preciso que a cidade faça o debate sobre o modelo atual.
A terceira grande decisão esta relacionada à geração de empregos. Neste particular o Plano Diretor (PD) pode ser um acelerador do processo ou um inibidor do crescimento. Da forma como foi redigido é hostil aos investidores, limita as construções a 2 andares pelos distritos (sem ático e pilotis) inviabilizando os grandes investimentos geradores de outros menores. Em vez de tratar de zoneamento e ocupação construiu-se uma peça de “Planejamento capenga” fruto da inexperiência de seus autores.
Estas questões foram contempladas no Relatório, sob cor vermelha. Cabe às forças atuantes como o Movimento Floripa Sustentável propor mudanças e contribuir para uma cidade melhor.