
DUODÉCIMOS A CAPTURA DOS RECURSOS
Amigos e amigas de Floripa
O “modelo” duodécimo foi uma esperteza dos poderes para se garantirem com recursos sem depender, anualmente, de negociações. Mas o “tiro” tinha uma amplitude bem maior, garantir a doce captura de recursos para municiar a estrutura de cargos e salários, diárias e penduricalhos, sem pedir ou prestar contas a ninguém, salvo ao Tribunal de Contas, uma vetusta organização, ela mesma detentora desses odiosos benefícios.
Quando Montesquieu construiu a separação dos três poderes não era para essas benesses. O filosofo francês queria uma independência para facilitar o gerenciamento do Estado sem as interferências do absolutismo real que depois acabaria sendo derrubado com a queda da Bastilha. Como se sabe o último reinado absolutista foi de Luiz XVI onde o rei podia tudo e a população quase nada, a menos que pertencesse às classes da nobreza e do clero.
Aqui em termos orçamentários temos o primeiro e o segundo Estado, depois vem os outros. No primeiro Estado composto pelos operadores da Justiça e da ALESC o dinheiro é farto, há distribuição de bônus, todos os anos sobram recursos que são devolvidos. De ressaltar que as despesas inúteis nestes ambientes são sempre volumosas, desde café premium, frutas, docinhos com mordomos fardados à disposição servindo as iguarias, cartões corporativos, automóveis e motoristas. É a corte imperial em pleno século XXI.
O único “poder” que escapa dessas iniquidades é a UDESC e não por outra razão é uma das mais modesta em termos de participação, apenas 2,49%. Mesmo assim presta serviços relevantes, 34 cursos de mestrados, 58 de graduações, 13, de doutorados e uma vasta rede de ensino superior por todas regiões de SC, com 10 mil alunos e milhares pelo ensino à distância (EAD). Lá que eu saiba não há sequer cafezinhos para os professores, a reitoria é austera, quando muito um copo de água e café para o visitante. É um exemplo do cuidado com os recursos públicos.
Cedo ou tarde é preciso rever estas obscenidades orçamentárias. É uma deformação da gestão brasileira, assim como, engessar o orçamento com percentuais para a educação e saúde. Logo há os que desejam a segurança, a infra estrutura, etc. de tal sorte que o Governante, não poderá exercer o seu legítimo direito de priorizar o seu plano de governo. São ações populistas inseridas pelos socialistas oportunistas e os liberais de fancaria. É o Estado balofo, injusto, ineficaz. A sociedade precisa conhecer estas libertinagens e lutar para acabar com o reinado das mordomias que recai sobre as costas dos brasileiros.
Tribunal de Justiça | 9,41% | 2.026.903.536 |
ALESC | 4,34% | 549.574.187 |
Ministério Público | 3,98% | 657.997.853 |
UDESC | 2,49% | 435.638.764 |
Tribunal de Contas | 1,66% | 233.112.800 |
Defensoria Pública | 0,00% | 0 |
Total | 21,88% | 3.903.227.140 |
OBS: há fundos especiais que não são contabilizados nos percentuais como:
Fundo Reaparelhamento da Justiça | 225.857.000 |
Fundo para Reconstituição de Bens Lesados | 9.125.163 |
Fundo Especial Centro de Estudos do MP | 1.675.500 |
Fundo Especial de Modernização do MP | 42.210.495 |
Defensoria Pública | 67.644.899 |