BRASIL COMPARAÇÕES PORQUE DAMOS ERRADO
Amigos e amigas de Floripa
Segundo o Fundo Monetário Internacional a Austrália ocupa o segundo lugar no topo dos países com o melhor IDH do mundo, 0,933. O primeiro é a Noruega com 0,944.
O IDH – índice de desenvolvimento humano é o somatório de três dimensões – riqueza do país (PIB), nível de escolaridade e esperança de vida da população. Os técnicos procedem a um cálculo ponderado e resulta o IDH.
Segundo estes cálculos o Brasil o Brasil ocupa a 79 o – 0,74, posição abaixo do Chile (41o – 0,82) e Argentina (49 o – 0,80). Se Floripa fosse um País estaria nos primeiros 50 com 0,84. SC tem um IDH de 0,74, muito baixo quando comparado com Floripa.
Mas a comparação que o texto quer fazer é com a Austrália (0,93 X 0,74) um país de dimensões continentais como o Brasil. Boa parte do País é constituída de terras semiáridas ou desérticas o que sobra são áreas tropicais e utilizáveis como o Brasil.
A Austrália é um pais de monarquia parlamentarista, de língua inglesa, conta com 25 milhões de habitantes, um território de 7,6 milhões de km2 e um PIB per capita de 47 mil dólares. Lá tem senado com 76 membros e Câmara dos Representantes (deputados) com 150. O voto como no Brasil, é obrigatório. Há vários partidos, mas duas forças políticas liberais disputam verdadeiramente o poder- o Partido Trabalhista Australiano e a Coalizão.
A economia é baseada no turismo, educação e serviços financeiros que contribuem com 70% do PIB, depois vem agricultura com 5% e a indústria.
Porque a Austrália dá certo e no Brasil enfrentamos tantas dificuldades. A razão esta no modelo político adotado e as práticas da boa gestão fiscal. Como todos os membros da Comunidade Inglesa (Commonwealth) a Austrália se obriga a rígidas normas de interesse público. Lá não tem Ministérios ou Secretarias inúteis, comissionados em profusão, descontrole dos gastos públicos. Aqui desde os tempos da monarquia construímos uma cultura do “patrimonialismo predador” em que o público se mistura com o privado. Isto é inimaginável na Commonwelth.
Desta forma sobram os recursos para os investimentos em infraestrutura, educação, saúde e segurança. Cria-se um circulo virtuoso de mais renda, mais impostos, mais empregos.
O Brasil para dar certo precisa mirar mais no liberalismo “britânico” e abandonar teses exóticas que tanto mal fizeram e fazem ao País.